Dicas de Mâe ( Gestantes)

NÃO PODE

Pode pintar o cabelo e fazer luzes durante a gestação?


Sim, a partir da 12ª semana. Mas é melhor dar preferência a tinturas sem amônia. Já luzes, só com água oxigenada.
Grávidas podem pintar o cabelo, mas só a partir da 12ª semana. As tinturas para cabelo e os tonalizantes são compostos por substâncias que podem ser absorvidas pelo organismo e provocar malformações no feto. “A partir da 12ª semana de gravidez as chances de malformação diminuem”, explica Roberto Eduardo Bittar, professor do Departamento de Obstetrícia eGinecologia da Faculdade de Medicina da USP.
Mas, segundo o especialista, o ideal é optar pelas hennas durante toda a gestação, já que o produto não contém iodo, nem amônia na composição. “Na aplicação de outro produto, evite o contato com a raiz do cabelo, protegendo o couro cabeludo”, alerta. Cláudia Garcia Magalhães, professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp) recomenda ainda que a gestante não prepare nem aplique a tintura em si mesma.
Já as luzes só estão liberadas se forem feitas com a técnica da touca e com água oxigenada. “Se for adicionado outro composto para melhorar a cor, o perigo será semelhante ao das tinturas”, alerta a dermatologista Aparecida Machado de Moraes, chefe da Dermatologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.


Pode tomar café durante a gravidez?
Em quantidade limitada – e os refrigerantes entram na conta

Grávidas podem ingerir cafeína, limitando-se entre 4 e 6 xícaras por dia. De acordo com a nutricionista da Universidade Federal de Pelotas, Carla Alberici Pastore, existem estudos que comprovam que o consumo de cafeína moderado não traz riscos ao bebê.É bom lembrar que refrigerantes, chá preto e chocolates também contêm cafeína e devem entrar nessa conta diária. “A cafeína em quantidades elevadas – acima de 300mg ao dia – pode ser causa de abortamento, restrição de crescimento fetal e prematuridade”, explica o ginecologista e obstetra Roberto Eduardo Bittar, da Faculdade de Medicina da USP.A nutricionista Rita Goulart, consultora técnica do Conselho Regional de Nutricionista em São Paulo e professora da Universidade São Judas Tadeu (SP), orienta as gestantes a abolirem o cafezinho após as principais refeições (almoço e jantar). “O café possui substâncias conhecidas como ‘antinutricionais’, que podem interferir de forma negativa na absorção de nutrientes importantes para a gestante”, explica. Isso sem contar que em um período em que enjoos e azia são comuns o café pode piorar o mal estar gástrico.
Pode trabalhar até o último dia da gravidez?
Quando a grávida se sente bem e não executa tarefas de risco, é possível

Grávidas podem trabalhar até o dia final da gestação, desde que sintam-se bem e sejam autorizadas pelo médico. Assim, a licença-maternidade fica reservada exclusivamente para o período de aleitamento. “É preciso particularizar cada situação, pois as profissões são muito diferentes em relação ao estresse físico e emocional que provocam e ao tipo de exposição a riscos”, explica Cláudia Garcia Magalhães, professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), que lembra ainda que é um direito da mulher pedir afastamento a partir da 32ª semana de gestação. “Se durante o pré-natal for detectado algum problema como hipertensão ou diabetes, a gestante deve parar de trabalhar para cuidar com mais rigor da gravidez”, orienta a professora de educação física da Universidade de Pernambuco Denise Vancea.Já o ginecologista Odair Albano dá uma dica importante para as gestantes que pretendem trabalhar durante toda gravidez: “sempre que possível alterne períodos de ficar sentada a períodos de movimento”. Ou seja, se você passa muito tempo em pé, deixe uma cadeira sempre à mão para descansar. Mas, se você passa muito tempo sentada, tire uns minutinhos para dar um volta e tomar um ar fresco.


Pode ter relações sexuais durante a gravidez?
Não há problemas, mas experimentar uma queda na libido também é normal
Grávidas podem ter relações sexuais normalmente. O sexo está liberado durante todo o período da gravidez para as mulheres com gestação normal. “A gestante só deve evitar relações sexuais caso tenha algum problema específico, mediante orientação médica”, explica Cláudia Garcia Magalhães, ginecologista e obstetra da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp).Algumas das complicações que podem comprometer a vida sexual durante a gravidez são: ameaça de abortamento, trabalho de parto prematuro, placenta baixa e o período final da gravidez, quando o colo do útero começa dilatar. Se houver cólicas ou sangramento, procure o obstetra pré-natalista antes de retomar as atividades sexuais.Mas mesmo sem passar por uma gestação de risco, não são raras as mulheres que perdem um pouco da libido durante os primeiros meses da gravidez. Segundo Denise Coimbra, do serviço de reprodução humana da Escola Paulista de Medicina, um fato interessante é que as gestantes relatam queda no interesse sexual por ‘enjoo’ do marido, o que pode envolver também questões psicológicas por proteção ao feto.Por isso, se perceber diminuição no desejo, fique tranquila. Tudo deve voltar ao normal em breve. “O retorno da libido ocorre no segundo trimestre e se manterá até o fim da gravidez”, explica a especialista, que destaca ainda o papel do companheiro neste momento. “É fundamental que a grávida não se sinta rejeitada pelo marido”. Com o decorrer da gestação provavelmente também será necessário adaptar as posições, para que a barriga não atrapalhe durante a relação.
Pode usar acetona durante a gravidez?
A gestante só não deve aspirar o produto diretamente     
Grávidas podem usar o removedor de esmalte. Segundo todos os especialistas consultados sobre este assunto, o uso de acetona para retirar o esmalte das unhas não traz riscos à gestante e ao bebê. “Vale lembrar que a gestante não deve aspirar o produto. Portanto, mantenha-o longe do nariz ou use um ventilador”, recomenda o dermatologista da Sociedade Internacional de Dermatologia Cosmética, Gilvan Alves.



Pode dormir com a barriga para baixo
durante a gestação?
O mais provável é que a posição comece a incomodar a partir do 4º mês. Especialistas indicam alternativas
Grávidas podem dormir de barriga para baixo. Se a gestante se sentir confortável, não há contraindicações em dormir de barriga para baixo. No entanto, a partir do quarto mês de gestação, com o aumento do volume abdominal, a tendência é de que a posição se torne desconfortável.
Todos os especialistas indicaram a lateral esquerda como a melhor posição para a gestante. “Assim ela tira o peso da barriga da veia cava e melhora a circulação sanguínea”, diz a obstetra e ginecologista Denise Coimbra, do serviço de reprodução humana da Escola Paulista de Medicina. Para aumentar o conforto, o ginecologista e obstetra Odair Albano recomenda que a gestante mantenha a perna esquerda esticada e a direita dobrada e use um travesseiro pequeno entre as pernas e um grande para apoiar a barriga.A mesma orientação é dada pela fisioterapeuta e ginecologista Tânia Scudeller, pesquisadora de fisioterapia em saúde da mulher e coordenadora do curso de Fisioterapia da Unifesp. “O mais indicado é que a gestante durma de lado, com um travesseiro médio sob a cabeça e um pequeno entre as pernas. Dessa maneira mantém toda a coluna alinhada e previne dores musculares”, explica.
Pode ir a shows e baladas com som alto durante a gestação?
Barulho não deve atrapalhar seu sono ou o conforto do bebê
Grávidas podem ir a shows ou baladas com som alto, com moderação. Não é porque você está grávida que precisa ficar enfurnada dentro de casa e recusar a todos os convites para uma festa animada. No entanto, a futura mamãe deve sempre se preocupar com o próprio bem estar e o do bebê.A ginecologista e obstetra Denise Coimbra, do serviço de reprodução humana da Escola Paulista de Medicina, recomenda mais cautela a partir do terceiro trimestre de gestação. “A audição e a visão fetal já estarão desenvolvidas desde o 7º mês. Em baladas, com som muito alto e muitas luzes, o bebê ficará confuso e poderá ficar mais agitado”, explica. Se não houver alternativa, Denise Coimbra recomenda que tanto o pai quanto a mãe acariciem e confortem o bebê durante a festa com passadas de mão suaves na barriga – o tato também já estará desenvolvido neste período – e conversas próximas ao ventre.O obstetra e ginecologista Odair Albano também dá outras recomendações: “Esteja bem alimentada e hidratada, não use bebidas alcoólicas e procure ambientes arejados, com temperatura agradável”.
Pode tomar banho de banheira durante a gravidez?
Basta tomar cuidado com a temperatura da água
Grávidas podem tomar banho de banheira, mas é preciso cuidado com a temperatura da água. Os especialistas não recomendam banho de imersão com água muito quente, principalmente nos primeiros meses da gestação. “O aquecimento da água pode provocar contratilidade uterina e aumentar o risco de abortamento”, explica Denise Coimbra, obstetra e ginecologista do serviço de reprodução humana da Escola Paulista de Medicina.Por isso, durante este período evite banheiras quentes e saunas. “Depois disso, estes banhos relaxantes só trazem benefícios e devem ser estimulados”, afirma Cláudia Garcia Magalhães, ginecologista e obstetra da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp). O banho de imersão com água morna também é benéfico durante o trabalho de parto, pois ajuda a reduzir as dores.
Pode manter animais domésticos de casa durante a gravidez?
O ideal é ter alguém para limpar a caixinha do animal
Grávidas podem ter cães e gatos, mas com cuidados redobrados. Debora Rodrigueiro, professora do departamento de Morfologia e Patologia da PUC-SP, explica que o parasita responsável pela infecção por toxoplasmose pode ser transmitido pelo contato com as fezes de gatos, mas isso não significa que o animal deve ser isolado. “Para evitar a infecção, basta não mexer ou limpar as fezes dos gatos”, orienta.Segundo ela outros animais domésticos, como os cães, não transmitem o parasita. A ginecologista e obstetra Cláudia Garcia Magalhães, da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), dá a mesma recomendação. “Caso tenha gato em casa, a tarefa de limpar as fezes deve ser delegada a outra pessoa”, explica. Se não dá para delegar, o ginecologista Odair Albano indica às gestantes o uso de luvas descartáveis para manipular urina, fezes e secreções do animal.Ainda com todos os cuidados, manter os pets é uma opção da gestante. Alguns profissionais contra-indicam a convivência com os bichos. O ginecologista Luiz Ferraz de Sampaio Neto, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba, orienta as mulheres que nunca tiveram a doença – e, portanto, tem nenhum ou poucos anticorpos contra a toxoplasmose – a não manipular gatos ou qualquer outro animal que possa ser veículo de transmissão do parasita, como pombos e galinhas.
Pode tomar anestesia de dentista durante a gestação?
Cuidado com os dentes pode até prevenir parto prematuro

Grávidas podem tomar anestesia de dentista. A ginecologista e obstetra Cláudia Garcia Magalhães, da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), afirma que a gestante pode e deve cuidar dos dentes. “Esse cuidado pode prevenir, inclusive, o parto prematuro”, diz ela. Segundo o ginecologista Odair Albano, administrador de saúde pública, o atendimento odontológico pode ser feito com anestesia. “Mas a gestante precisa informar ao dentista sobre a gravidez, caso ela ainda não seja aparente”, alerta.O perigo, segundo o ginecologista Luiz Ferraz de Sampaio Neto, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba, não está na anestesia, mas em uma substância que é usada pelos cirurgiões-dentistas junto com a anestesia somente nos casos em que é necessário reduzir o sangramento para facilitar o procedimento. “Essa substância é vasoconstritora e pode elevar a pressão arterial. Paciente com os níveis de pressão já comprometidos não devem se expor a este tipo de produto”, explica.O ginecologista destaca ainda que o ideal é que haja a possibilidade da paciente se posicionar lateralmente durante qualquer procedimento, o que pode reduzir o desconforto.
Pode lavar o banheiro com cândida durante a gestação?
Basta observar as recomendações gerais do produto – que valem também para quem não está grávida
Grávidas podem usar cândida na limpeza da casa. Não há contraindicações para o uso do produto (hipoclorito de sódio) para a limpeza doméstica. “Exceto, talvez, pelo mau cheiro, que durante a gestação poderá ser especialmente incômodo”, afirma o ginecologista Luiz Ferraz de Sampaio Neto da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba (PUC-SP).A mesma recomendação vale para outros produtos de limpeza. “Em geral, produtos de limpeza não interferem na gestação. As profissionais de limpeza podem ficar tranquilas”, diz a ginecologista e obstetra Denise Coimbra. Odair Albano, ginecologista e obstetra, afirma que as gestantes devem observar os mesmos cuidados das não grávidas para a manipulação dos produtos de limpeza.
Pode andar de avião?
A cabine pressurizada não oferece problemas, mas viagens prolongadas exigem um arsenal com meias elásticas e pausas para movimento
Grávidas podem viajar de avião normalmente até o 8º mês. As empresas de aviação só impedem o embarque de grávidas depois da 34ª semana porque é só a partir deste período que aumenta o risco da gestante entrar em trabalho de parto em pleno voo. Mas, pelo mesmo motivo, a ginecologista e obstetra Denise Coimbra, do serviço de reprodução humana da Escola Paulista de Medicina, desaconselha viagens aéreas já a partir do 7º mês. “Grávidas em situações especiais poderão embarcar, desde que apresentem atestado médico”, lembra o ginecologista Luiz Ferraz de Sampaio Neto, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba (PUC-SP). Ele explica que os voos em cabines pressurizadas não costumam trazer malefícios para a gestante, mas recomenda que em viagens muito prolongadas as futuras mamães façam o uso de meias elásticas e procurem se movimentar para evitar o risco de tromboembolismo.Vale lembrar que alguns destinos, como países da África e Ásia, exigem vacinas que não são recomendadas durante a gestação
Pode dirigir?
Até o oitavo mês. Depois disso, os riscos em caso de colisão aumentam
Grávidas podem dirigir, mas é melhor evitar a atividade depois do 8º mês. Não há contraindicações para que a gestante saudável dirija. No entanto, guiar pode se tornar desconfortável por causa dos enjoos e da dificuldade de encontrar uma posição adequada. “Durante a gravidez o peso, o cansaço e a barriga aumentam e podem interferir nos reflexos. Porém, isso não chega a ser motivo de contraindicação para a direção em gestação saudável”, afirma Tânia Scudeller, coordenadora do curso de Fisioterapia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
A ginecologista e obstetra Denise Coimbra, do serviço de reprodução humana da Escola Paulista de Medicina, lembra que não é aconselhável dirigir após o 8º mês de gestação. “No final da gravidez, o risco de sofrer algum trauma sobre o abdome aumenta, já que a direção está sobre a barriga e, em caso de colisão, pode provocar descolamento de placenta”, diz. Outra orientação da especialista é, em viagens longas, aumentar intervalos de paradas para melhorar a circulação sanguínea.
Pode tomar banho de mar durante a gestação?
Águas tranquilas não oferecem perigo, mas é melhor evitar mergulhos

Grávidas podem tomar banho de mar, mas com muito cuidado. O banho de mar ajuda a relaxar e promove bem estar físico e psíquico às gestantes, portanto, a praia está liberada. Mas nada de exagerar. “O mergulho deve ser evitado, assim como furar ondas, devido ao impacto sobre o ventre”, explica a ginecologista e obstetra Denise Coimbra, do serviço de reprodução humana da Escola Paulista de Medicina. A mesma recomendação é dada pelo ginecologista Odair Albano. “No final da gestação evite bater de frente nas ondas”, indica.O esforço deve ser moderado e durar entre 20 e 40 minutos, com intervalos de descanso. A gestante também deve evitar permanecer com roupas úmidas por muito tempo, para evitar a candidíase, bastante comum na gravidez.E não se esqueça do protetor solar. “A mulher deve utilizar filtros e evitar exposição ao sol após as 10 e antes das 16 horas”, diz Tânia Scudeller, coordenadora do curso de Fisioterapia da Unifesp e pesquisadora de Fisioterapia em saúde da mulher. Mulheres que não seguirem a recomendação estarão mais sujeitas às manchas na pele conhecidas como cloasma ou melasma.
Pode comer salada crua em buffet durante a gravidez?
É preciso se certificar de que o lugar é impecável na higienização dos alimentos

Grávidas podem comer salada crua em buffet, mas com cautela. Se você tiver certeza absoluta de que o restaurante obedece todas as normas vigentes de higienização, não haverá problemas. “Folhas verdes e legumes crus mal higienizados podem conter parasitas perigosos, capazes de comprometer a saúde da mãe e do feto”, informa Carla Alberice Pastore, nutricionista da Universidade Federal de Pelotas (RS). “Se tiver qualquer dúvida sobre a qualidade higiênico-sanitária, melhor evitar”, reforça. Mas os cuidados redobrados com o manuseio dos alimentos para evitar infecções e contaminações na gestação também deve se estender para dentro de casa. Debora Rodrigueiro, professora do departamento de Morfologia e Patologia da PUC-SP, dá a dica: “Para evitar a infecção cozinhe bem a carne, use luvas ao mexer no jardim, lave todas as frutas e vegetais, lave bem as mãos após manusear a carne crua, frutas e vegetais”. Mas o nutrólogo José Alves de Lara lembra que, na relação custo/benefício, a ingestão é mais importante do que a privação. Legumes, frutas, verduras e hortaliças são importantes para manter uma gravidez saudável.
Pode fazer natação durante a gestação?
A natação é considerada a atividade física perfeita para as grávidas
Grávidas podem fazer natação. Se praticada dentro de uma intensidade de leve a moderada, a natação é considerada a atividade física perfeita para as futuras mamães, porque tem ainda menos impacto do que a hidroginástica – atividade também bastante indicada durante a gravidez. “Para quem já sabe nadar, a natação é a atividade mais recomendada no período de gestação devido à flutuabilidade”, afirma Denise Vancea, educadora física da Universidade de Pernambuco. “Em imersão, a mulher está protegida contra quedas e calor excessivo”, explica a fisioterapeuta, doutora em ginecologia e obstetrícia Tânia Scudeller, que coordena o curso de fisioterapia da Unifesp. No entanto, por ser atividade aeróbica, as especialistas indicam moderação na intensidade dos exercícios, deixando os treinos mais leves. Denise Vancea também orienta para que a temperatura da água seja mantida entre 28° e 30° C.
Pode fazer ioga?
A prática do equilíbrio e a respiração ajudam a mulher a se preparar até para a hora do parto
Grávidas podem fazer ioga. “A ioga ajuda na manutenção do equilíbrio, da força muscular e da flexibilidade”, explica Tânia Scudeller, coordenadora do curso de Fisioterapia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Ainda segundo a pesquisadora de fisioterapia em saúde da mulher, os exercícios de ioga ajudam a preparar o corpo feminino para as mudanças físicas da gravidez e para o momento do parto.A professora de educação física Denise Vancea, da Universidade de Pernambuco, ressalta a importância da ioga e também do pilates para as futuras mamães. “Nesse período a mudança no centro de gravidade da mulher muda, o que pode desencadear problemas na coluna. Tanto a ioga quando o pilates trazem benefícios nesse sentido”.A prática de ioga também foi recomendada por todos os ginecologistas e obstetras questionados sobre o assunto. “As posturas adotadas na ioga, aliadas às técnicas de respiração e relaxamento, promovem o bem-estar e preparam para a descontração no momento do parto”, destaca o ginecologista e obstetra da Faculdade de Medicina da USP, Roberto Eduardo Bittar.
Grávidas não podem andar de montanha-russa. “As acelerações e desacelerações bruscas podem provocar o descolamento da placenta, além de trazer riscos para o feto”, explica Roberto Eduardo Bittar, obstetra e ginecologista da Faculdade de Medicina da USP. “Movimentos bruscos e paradas súbitas são prejudiciais e, conforme o estado e período da gravidez, podem causar aborto. Esse tipo de brinquedo é contraindicado na gravidez”, completa Tânia Scudeller, coordenadora do curso de Fisioterapia da Unifesp e pesquisadora de Fisioterapia em saúde da mulher.Assim como a montanha-russa, os esportes radicas também devem ser deixados de lado no período da gestação. “Deve-se evitar esporte de contato e atividades que podem causar perda de equilíbrio ou trauma para a mãe ou para o feto. Deixe seu filho nascer e mais tarde aproveite e pratique com ele, em família”, diz a professora de educação física da Universidade de Pernambuco Denise Vancea.
Pode tomar adoçante durante a gravidez?
Não há estudos científicos suficientes para definir as doses adequadas
Grávidas só podem tomar adoçante em casos específicos e com restrições. O ginecologista Luiz Ferraz de Sampaio Neto, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba, explica que faltam estudos científicos suficientes que definam as doses adequadas ou quais são os efeitos do uso de adoçantes durante a gravidez. “Aparentemente, o uso em pequenas quantidades seria seguro, especialmente para aquelas que precisam controlar melhor o ganho de peso”, afirma.A geneticista Debora Rodrigueiro, professora do departamento de Morfologia e Patologia da PUC-SP, também ressalta que o uso de adoçante na gestação deve ficar limitado às grávidas que precisam de maiores cuidados no controle de peso e às que são diabéticas. Mesmos nesses casos é preciso recomendação médica, pois nem todos os produtos são indicados para gestantes. “Baseado nas evidências atualmente disponíveis, deve-se dar preferência ao aspartame, sucralose, acessulfame-K e a estévia”, afirma Debora Rodrigueiro.Todos estes adoçantes citados pela especialista também são considerados seguros para as gestantes pela FDA (Food and Drug Administration, órgão norte-americano que regulamenta alimentos e remédios). Mesmo assim, é preciso avaliar cada caso individualmente, já que alguns dos produtos podem ser contra-indicados em situações específicas. O médico nutrólogo José Alves de Lara, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), lembra que o aspartame, por exemplo, já não pode ser consumido por pessoas que sofrem de fenilcetonúria, uma doença metabólica em que o organismo não consegue processar o aminoáciodo fenilalanina.
Pode doar sangue durante a gravidez?
A gestação provoca uma condição passageira de anemia gestacional
Grávidas não podem doar sangue. O Ministério da Saúde proíbe a doação de sangue de gestantes e lactantes. A ginecologista e obstetra do serviço de reprodução humana da Escola Paulista de Medicina, Denise Coimbra, explica que ao doar sangue a gestante compromete seu estoque de ferro no organismo, o que pode evoluir para um quadro de anemia trazendo riscos ao feto.O ginecologista Luiz Ferraz de Sampaio Neto, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba (PUC-SP), afirma que a possibilidade da gestante sofrer um desmaio durante ou logo após a doação é grande. “Se ela desfalecer ou acabar caindo, pode haver prejuízos tanto para ela quanto para o bebê – o que por si só já justificaria não doar sangue nesta fase”, afirma.
Pode usar adesivo de nicotina para parar de fumar?
O adesivo contém nicotina – mesmo em menor quantidade, a substância é prejudicial aos bebês
Grávidas não podem usar adesivos de nicotina. O médico pneumologista da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA (Instituto Nacional do Câncer), Ricardo Henrique Meirelles, explica que o uso da nicotina durante a gestação pode retardar do desenvolvimento cerebral e inibir a maturação pulmonar do feto – e o monóxido de carbono aumenta ainda mais o risco desses danos. “Ao usar os adesivos, a mãe estaria recebendo uma concentração menor de nicotina, sem monóxido de carbono. Mas estudos científicos demonstraram que uso de adesivos de nicotina na gestação levaram a sérios efeitos adversos, especialmente parto prematuro”, afirma o pneumologista.O farmacêutico Rogério Hoefler, do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Federal de Farmácia, reforça a necessidade de estimular a gestante tabagista a consultar médicos e psicólogos em busca de tratamento. “O uso de remédios deve ser evitado. As situações especiais requerem avaliação médica quanto aos riscos e benefícios do uso de medicamentos”, completa.Segundo Ricardo Meirelles, o esforço vale a pena tanto para a saúde da mãe quanto para a saúde do filho. “O tabagismo na gravidez é responsável por aborto espontâneo, baixo peso ao nascer, parto prematuro, morte perinatal, placenta prévia (quando a placenta implanta-se no colo do útero, provocando sangramentos e comprometendo a oxigenação do bebê), descolamento de placenta, redução do calibre das vias aéreas – o que dificulta a respiração da criança – e déficit de aprendizado”, lista.
Pode beber vinho durante a gravidez?
O álcool representa um risco para a saúde do feto
Grávidas não podem beber vinho. Além de não trazer benefícios nutricionais ao feto, o álcool ainda pode trazer riscos à saúde dele. “A maior causa não genética de deficiência mental é a ‘síndrome alcoólica fetal’ (SAF). De 2 a 4 doses diárias de álcool são suficientes para instalar este quadro”, explica Debora Rodrigueiro, professora do departamento de Morfologia e Patologia da PUC-SP. A SAF pode provocar microcefalia - crânio de tamanho reduzido e cérebro inferior ao normal -, presença de lábio superior mais fino que o inferior e filtro nasal apagado.Carla Alberici Pastore, nutricionista da Universidade Federal de Pelotas (RS), orienta as futuras mamães a não consumir álcool durante a gestação. “Estudos mostram que mesmo pequenas doses ocasionais de álcool trazem impactos negativos para o bebê. Quanto maior a dose de álcool e maior a frequência de consumo, piores essas consequências”, alerta. José Alves de Lara, médico nutrólogo e vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), destaca que, independentemente de estar grávida, pelo seu menor peso e por um determinante metabólico, as mulheres devem ter sempre mais cuidado com o álcool.
DEPENDE:

Pode tomar refrigerante durante a gravidez?
O melhor a fazer é substituir as bebidas gaseificadas por sucos naturais
Grávidas podem tomar refrigerante, mas com cautela. Não há uma contraindicação ao refrigerante, exceto nos casos de gestantes com diabetes. No entanto, os médicos lembram que existem alternativas muito mais saudáveis para este período, capazes de oferecer nutrientes importantes para a mãe e para o bebê.A nutricionista da Universidade Federal de Pelotas Carla Alberice Pastore explica que a bebida ainda tem a desvantagem de aumentar o desconforto gástrico durante a gestação. “O desconforto piora com o consumo de bebidas gaseificadas – isso inclui a água mineral com gás – já que azia e refluxos são muito frequentes na gestação”. Além disso, segundo o nutrólogo José Alves de Lara, o consumo exagerado da bebida pode predispor a gestante a doenças como osteoporose e anemia, por causa da cafeína.Debora Rodrigueiro, do departamento de Morfologia e Patologia da PUC-SP, lembra que o consumo de refrigerantes pode aumentar os riscos da diabetes gestacional. “A gravidez exige demais do metabolismo da mulher, o que faz com que os refrigerantes de cola não sejam bem absorvidos pelo organismo feminino neste período. A consequência disso é semelhante ao uma dieta cheia de açúcar: prejuízo para as células produtoras de insulina no pâncreas”.
Pode comer comida japonesa?
Observe a higiene do local e a conservação dos ingredientes
Grávidas podem comer comida japonesa, mas com cautela. Em relação aos pratos cozidos não há problema, desde que haja moderação nas preparações gordurosas, mas o consumo do peixe cru ainda divide as opiniões de especialistas. “Os peixes crus podem sofrer deterioração ou apresentar contaminantes que podem ser perigosos para a saúde da gestante e da gestação”, alega a nutricionista da Universidade Federal de Pelotas (RS), Carla Alberici Pastore. A nutricionista Rita Goulart, da Universidade São Judas (SP), concorda que existe o risco de contaminação por toxinas presentes no alimento cru, mas lembra que a culinária japonesa é bastante rica em nutrientes.Já o vice-presidente da Abran, o nutrólogo José Alves de Lara, afirma que os cuidados com consumo do peixe in natura devem sem os mesmos dos tomados com qualquer outro alimento cru para evitar contaminações. Por isso, é importante observar a higiene do local e a forma de conservação do alimento.
Pode tomar vacinas durante a gravidez?
Algumas são obrigatórias, outras proibidas para gestantes
Depende. Existem vacinas que são indicadas para gestantes e fazem parte do pré-natal (como a do tétano e da difteria), as que podem ser usadas em situações especiais (como a vacina da raiva e hepatite B) e as vacinas que são contraindicadas para as gestantes (como pólio, tríplice viral e BCG).A professora do departamento de Morfologia e Patologia da PUC-SP, Debora Rodrigueiro, explica que as vacinas contra-indicadas são as produzidas com vírus ou bactérias atenuadas. Essas ‘vacinas vivas’ não devem ser administradas em gestantes porque, em tese, podem ser agentes teratogênicos, ou seja, poderiam provocar aborto, atraso no desenvolvimento, malformações e deficiência mental por causa do contato do vírus ou bactéria com o feto.Mas uma epidemia, por exemplo, pode mudar tudo. “Se houver risco significante de exposição à doença, como no caso de regiões endêmicas, a necessidade de vacina normalmente se sobrepõe a qualquer possível risco ao feto”, afirma o farmacêutico Rogério Hoefler do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim) do Conselho Federal de Farmácia.“Recentemente a vacina contra rubéola foi considerada como não-teratogênica”, afirma Debora Rodrigueiro. Mesmo assim, ela continua contraindicada para gestantes pelo Ministério da Saúde. Polêmicas à parte, para evitar correr riscos é interessante que a mulher que planeja engravidar esteja em dia com a imunização, já que algumas doenças são muito perigosas na gestação. “Contrair rubéola na gestação acarreta em graves efeitos ao feto como surdez, paralisia e até deficiência mental”, diz Debora.No caso de imunização inadvertida, o que normalmente acontece quando a gestante não sabe que está grávida, há um protocolo médico de acompanhamento que precisa ser seguido. Portanto, sempre siga as orientações do obstetra pré-natalista antes de se vacinar.
Pode descolorir os pelos durante a gravidez?
O ideal é escolher os produtos certos, dependendo do tempo de gestação
Grávidas podem descolorir os pelos, mas com reservas. Para o dermatologista Gilvan Alves, mestre em Dermatologia pela Universidade de Londres e membro da Sociedade Internacional de Dermatologia Cosmética, o procedimento deve ser feito somente após o primeiro trimestre de gravidez.Mas é importante restringir o produto usado: “não haverá problemas na descoloração dos pelos se for usada apenas água oxigenada”, afirma Aparecida Machado de Moraes, dermatologista da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. O ginecologista e obstetra Odair Albano tem uma sugestão mais cautelosa ainda: “A descoloração pode ser feita desde que seja usada camomila. A água oxigenada, só a partir do segundo trimestre – e os descolorantes com amônia estão vetados”, afirma.
Pode tomar remédios para enjoos e para azia durante a gestação?
O melhor é evitar comidas e perfumes que desencadeiam o enjoo
Grávidas podem tomar remédios para enjoos e azia, mas só com orientação médica. “O enjoo e a azia fazem parte dos sintomas do primeiro trimestre de gravidez. Uma boa orientação sobre horários e alimentação pode amenizar o problema”, explica a ginecologista e obstetra Denise Coimbra.O farmacêutico Rogério Hoefler, conselheiro Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim) do Conselho Federal de Farmácia, também contra-indica o uso de medicamentos durante a gestação. “Tente identificar e evite na medida do possível os fatores que aumentam a ocorrência de náuseas - como alimentos e odores. Procure selecionar alimentos com sabor e odor brandos e de fácil digestão”, sugere.No entanto, se não for possível controlar o desconforto gástrico com essas medidas, procure um médico. “Existem antiácidos com hidróxido de magnésio podem ser empregados para controlar azia, mas deve ser evitado o uso frequente ou em doses elevadas deles”, afirma Hoefler.O ginecologista e obstetra Odair Albano lembra ainda que remédios para enjoo podem provocar sonolência e os usados para azia podem alterar o funcionamento do intestino. “Para combater estes sintomas, procure ter uma alimentação leve, em pequenas porções, e evitar períodos em jejum”, orienta.
Pode tomar remédios para dor de cabeça?
A cefaleia é um sintoma. É mais importante descobrir o que está causando o desconforto
Grávidas podem tomar remédios para dor de cabeça, mas somente em quadros não graves e sempre sob orientação médica. “A cefaleia (dor de cabeça) é um sintoma, não uma doença”, lembra o ginecologista e obstetra Odair Albano, administrador em saúde pública. Isso significa que é preciso descobrir o que está provocando esta dor de cabeça – e, para isso, a gestante deve procurar o obstetra que dará o diagnóstico. “Em algumas situações, um simples banho, repouso ou refeição podem aliviar a intensidade da cefaléia”, garante o farmacêutico Rogério Hoefler do Conselho Federal de Farmácia.Assim como em casos de gripe, produtos que contenham ácido acetilsalicílico devem ser evitados por causa dos riscos que podem oferecer ao feto. “A cefaléia é sintoma comum da gravidez nos primeiros meses e deve ser tratada com analgésicos que não atravessem a barreira placentária, como o acetaminofen”, indica a ginecologista e obstetra Denise Coimbra.O ginecologista Luiz Ferraz de Sampaio Neto, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba (PUC-SP), afirma que a dor de cabeça pode ser tratada com a ingestão de Paracetamol 750mg, com doses repetidas a, no máximo, 3 vezes ao dia – não sem antes conversar com o seu médico.
Pode tomar remédio de gripe durante a gestação?
O ideal é atacar o problema com soluções naturais – e lançar mão dos remédios só em último caso
Grávidas podem tomar remédio contra gripe, mas somente os que combatem os sintomas. “O estado gripal pode ocorrer em uma ou duas vezes ao ano. Se ocorrer na gestação deve-se tratar dos sintomas decorrentes da gripe: dor no corpo, cansaço físico, febre, indisposição, baixa resistência”, explica a ginecologista e obstetra Denise Coimbra. Ela recomenda o uso de analgésico à base de acetaminofen  – que não atravessa a barreira placentária – e repouso.Já para o ginecologista Luiz Ferraz de Sampaio Neto, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba, o uso de qualquer medicamento deve ser discutido com o obstetra antes de ser administrado. “Os medicamentos denominados ‘antigripais’ frequentemente contêm substâncias proibidas durante a gravidez, como descongestionantes nasais”, alerta.Segundo o farmacêutico Rogério Hoefler, conselheiro do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim) do Conselho Federal de Farmácia, os descongestionantes nasais podem provocar taquicardia e hipertensão, entre outros problemas capazes de prejudicar a mãe e o feto. “A aplicação de soro fisiológico pela via nasal pode ajudar a desobstruir as narinas. Banhos com água fria ajudam a reduzir o desconforto da febre”, recomenda.No caso de febre muito alta, dores de cabeça e no corpo, a orientação dos dois especialistas é administrar Paracetamol. “Analgésicos que contêm ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios podem interferir no desenvolvimento do feto ou retardar o trabalho de parto, por isso, normalmente não são recomendados”, explica Hoefler.
Pode fazer drenagem linfática durante a gestação?
Consulte o pré-natalista para acertar a intensidade e a frequência das sessões
Grávidas podem fazer drenagem linfática, mas não repetidamente. O ginecologista e obstetra Odair Albano, inclusive, recomenda o procedimentopara ajudar a diminuir os edemas e inchaços provocados pelo aumento da retenção de líquidos que acontece durante a gravidez. O obstetra e ginecologista da Faculdade de Medicina da USP, Roberto Eduardo Bittar, também não vê problemas na drenagem linfática, desde que as mamas e o abdome sejam poupados.
Mas atenção: não pode exagerar na quantidade de sessões. Aparecida Machado de Moraes, chefe da Dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, afirma que gestante deve consultar o médico obstetra pré-natalista antes de se submeter à terapia, para que ele determine a intensidade e a frequência das sessões. “Drenagens linfáticas muito frequentes e muito acentuadas podem aumentar o volume líquido intravascular materno e promover insuficiência cardíaca ou outras complicações cardiovasculares nos fetos”, alerta.
Pode fazer tratamentos para a pele durante a gravidez?
Depende. O recomendável é usar apenas filtro solar e manter a hidratação
Grávidas podem cuidar da pele, mas nem todo tratamento é indicado. De acordo com o médico ginecologista e obstetra Odair Albano, o uso de hidratantes, cremes contra estrias e protetor solar estão liberados. “Dê preferência aos produtos direcionados as gestantes”, indica. Geralmente esses produtos são hipoalergênicos, o que diminui a possibilidade de irritação na pele. Fique atenta também ao perfume dos produtos, pois alguns podem provocar enjoos.
O dermatologista Gilvan Alves, da Sociedade Internacional de Dermatologia Cosmética, afirma ainda que é possível tratar acne e manchas durante a gestação. “Há medicamentos tópicos (ou seja, para aplicação local) que são seguros, mas precisam ser prescritos por um especialista”, alerta.Já a dermatologista Aparecida Machado de Moraes, chefe da dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, é mais cautelosa e recomenda apenas cuidados básicos com a pele durante a gestação. “A gestante deverá manter o cuidado com a pele usando filtro solar frequentemente, bebendo bastante água e mantendo a dieta e o sono equilibrados. Algumas substâncias, mesmo em pequenas quantidades, podem produzir efeitos nocivos ao bebê. Os tratamentos estéticos devem esperar o término da gravidez” afirma.
Pode fazer musculação durante a gravidez?
A gestante que já faz musculação deve consultar o médico e ajustar a intensidade do exercício
Grávidas que já fazem musculação podem continuar, mas devem consultar o médico. Segundo Tânia Scudeller, coordenadora do curso de Fisioterapia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e pesquisadora de fisioterapia em saúde da mulher, a musculação é uma modalidade considerada de médio risco para a gravidez. “Os principais perigos desse exercício são as lesões de ossos e músculos, redução de fluxo sanguíneo à placenta e, consequentemente, ao feto, aumento da pressão arterial e da temperatura corporal materna”, explica.Portanto, mesmo se você faz o tipo ‘rata de academia’, consulte seu médico obstetra antes de ficar puxando ferro. “A gestante que já praticava musculação pode continuar, porém com cargas mais leves”, afirma a educadora física Denise Vancea, professora da Universidade de Pernambuco e membro da Sociedade Brasileira de Diabetes. A especialista lembra ainda que o monitoramento da mãe e do bebê, durante o programa de exercício físico é de fundamental. “Se a gestante sentir qualquer desconforto, o exercício deve ser interrompido”, diz.Já para quem sempre fugiu dos pesinhos, essa não é a hora de querer virar atleta. “Quem nunca praticou exercícios físicos deve iniciar com atividades de baixo risco: caminhadas, natação e hidroginástica”, orienta o obstetra e ginecologista Roberto Eduardo Bittar, professor da Faculdade de Medicina da USP.

Aproveite as dicas e tenha uma ótima gestação.
Confira as outras postagens também. 
 
 
PODE

Pode beber cerveja preta durante a gestação?
Apesar da crença popular, não há evidências científicas da relação entre a ingestão da bebida e a amamentação
Grávidas não podem beber cerveja preta para produzir leite. Todos os especialistas concordam que a afirmação de que beber cerveja preta aumenta a produção de leite não passa de um mito. “A produção do leite é natural. O que mantém a produção necessária é a sucção permanente do bebê”, explica o médico ginecologista e administrador em saúde pública Odair Albano.Debora Rodrigueiro, professora do departamento de Morfologia e Patologia da PUC-SP, afirma que apesar de algumas marcas apresentarem teor alcoólico inferior ao da cerveja clara, isso não é desculpa para consumir a bebida durante a gestação. A regra é a mesma para o consumo de qualquer bebida alcoólica, lembrando dos riscos para a SAF (Síndrome Alcoólica Fetal).Mas é indicado que a mulher que amamenta consuma bastante líquido. “Os líquidos ajudam na produção do leite, preferencialmente os líquidos nutritivos, como sucos de frutas naturais, leite e água”, afirma Rita Goulart, professora de nutrição da Universidade São Judas e consultora técnica do Conselho Regional de Nutricionista em São Paulo.
Pode fazer peeling com ácidos durante a gravidez?
Vale esperar o final da gestação – muitas vezes, boa parte das manchas some com o fim da gravidez
Grávidas não podem fazer peeling com ácidos, já que as substâncias usadas neste tipo de tratamento podem ser absorvidas pela mãe e, pela corrente sanguínea, atingirem o feto provocando graves problemas. “A isotretinoína (substância usada no tratamento de acne severa) pode causar sério comprometimento no sistema nervoso e cardiovascular do feto, além de anomalias de crânio, face e orelhas”, alerta a geneticista Debora Rodrigueiro, professora do departamento de Morfologia e Patologia da PUC-SP. A melhor maneira de evitar as manchas escuras que aparecem durante a gestação é usando filtro solar e reduzindo a exposição ao sol. “Além disso, muitas destas manchas tendem a diminuir ou até desaparecer com o término da influência dos hormônios da gravidez”, explica a dermatologista Aparecida Machado de Moraes, Chefe de Dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. “O mais adequado é que se trate as manchas e acnes depois da gestação. Isso trará melhores resultados, inclusive para as mães”, garante.
Pode fazer tratamento para as varizes?
Não. Mesmo quem já faz o tratamento deve interrompê-lo

Grávidas não devem fazer tratamentos antivarizes. As mudanças hormonais e o aumento da pressão sanguínea nas pernas – provocado pelo crescimento do útero– favorecem o aparecimento ou podem piorar o quadro de varizes durante a gravidez, mas os tratamentos para este mal devem esperar. Quem já faz tratamento para varizes superficiais também deve interrompê-lo na gestação. “O tratamento que se faz através da ‘esclerose dos vasos’ – também conhecida como ‘secagem dos vasos’ – usa medicamentos contra-indicados para esta fase”, explica o ginecologista Luiz Ferraz de Sampaio Neto, professor da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba (PUC-SP).Para prevenir o aparecimento de vasos e varizes durante a gestação, a recomendação é usar meias elásticas e evitar o ganho excessivo de peso. “O ideal é esperar o término na gestação para fazer os tratamentos, pois a tendência é de melhora das varizes com o fim da gravidez”, o dermatologista Gilvan Alves, membro da Sociedade Internacional de Dermatologia Cosmética. Para casos mais graves a chefe da Dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Aparecida Machado de Moraes, recomenda: “Se as varizes estão trazendo sintomas como dor, inchaço nas pernas e sinais de inflamação nas veias, procure um cirurgião vascular ou angiologista. Ele indicará os tratamentos e cuidados adequados para cada caso”.
Pode comer por dois durante a gestação?
Exagero pode fazer mal para mãe e bebê
Grávidas não podem “comer por dois”. Todos os especialistas entrevistados sobre esse assunto concordam que essa história é mito e pode, na verdade, prejudicar tanto a mãe como o bebê. A nutricionista Carla Alberice Pastore, da Universidade Federal de Pelotas (RS), explica que durante a gravidez, ao contrário do que se pensa, não é necessária tanta energia a mais.“Nas primeiras doze semanas, não é necessário que a mãe ingira nada além do que quando não estava grávida”, garante. Segundo a especialista, a partir da 13ª semana, são necessárias apenas 300 calorias adicionais, valor que se mantém até o fim da gestação. “Isso equivale a 1 maçã média, 1 pão francês (50g) sem miolo e 1 e ½ copo de leite desnatado”, diz.Técnica do Conselho Regional de Nutricionistas em São Paulo, Rita Goulart destaca pesquisas que apontam que filhos de gestantes que mantêm uma alimentação adequada adquirem o hábito de consumir alimentos saudáveis. “O contrário também é verdade. Ou seja, se a gestante consumir alimentação rica em gorduras, sal e açúcar, o filho também desenvolverá uma preferência por estes alimentos”, afirma.Outras orientações importantes são: comer de 5 a 6 vezes por dia em pequenas quantidades e em intervalos de cerca de 4 horas, evitar alimentos hipercalóricos, excesso de gorduras e massa, dar preferência aos alimentos integrais, ingerir bastante fibra e quantidade adequada de líquidos. “O ganho de peso ideal durante a gestação deve ser de 6kg, mais 5% do peso inicial”, afirma o ginecologista e obstetra Odair Albano.
Pode comer carne mal-passada durante a gestação?
Com o risco de toxoplasmose, o melhor é esperar até o fim da gravidez
Grávidas devem evitar carne mal-passada. O risco de contaminações, principalmente de toxoplasmose, deixa os especialistas em alerta em relação a este hábito. “Esta é uma recomendação popular comum para combater a anemia, mas não deve ser seguida. A carne mal passada pode transmitir infecções e parasitoses perigosas para a mãe e para o bebê”, afirma a nutricionista da Universidade Federal de Pelotas (RS), Carla Alberice Pastore.A especialista Debora Rodrigueiro, do departamento de Morfologia e Patologia da PUC-SP, reforça que o parasita que transmite a toxoplasmose pode ser encontrado em carne mal cozida, ovos crus e leite não pasteurizado. “Para o adulto, os sintomas são imperceptíveis, mas o parasita é capaz de atravessar a placenta. Se o feto for infectado, desenvolverá toxoplasmose congênita”, explica. Os bebês que adquirem a toxoplasmose congênita não apresentam alteração no nascimento, no entanto, mais de 90% desenvolvem problemas de cegueira, surdez, e atraso de desenvolvimento, meses ou até anos depois.
Para o médico ginecologista e obstetra da Faculdade de Medicina da USP, Roberto Eduardo Bittar, assim como para a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), Cláudia Garcia Magalhães, o alimento deve ser evitado principalmente por mulheres que são suscetíveis a toxoplasmose, ou seja, nunca tiveram contato com o parasita. Isso você descobre por meio de um exame de sangue que deve ser feito preferencialmente antes da gestação.
Pode usar cosméticos anti-idade durante a gravidez?
Eles contêm substâncias contraindicadas para a gestante
Grávidas não podem usar cosméticos anti-idade. “Estes cosméticos contêm substâncias como ácidos do grupo dos alfa-hidroxiácidos, que são contraindicados na gravidez”, explica a dermatologista da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Aparecida Machado de Moraes.
O obstetra e ginecologista da Faculdade de Medicina da USP, Roberto Eduardo Bittar, também recomenda que os produtos que contenham derivados da Vitamina A sejam evitados.Sempre verifique na embalagem do produto se há restrições às gestantes e consulte o seu médico de confiança antes de usá-lo.
Pode correr durante a gravidez?
Há restrições: só nos primeiros meses, e só para quem já está habituada
Grávidas podem praticar corrida, mas com (muitas) restrições e apenas nos primeiros meses de gestação. Para quem já pratica a atividade, no início da gestação não há contra-indicações. Mas quem corre ao ar livre precisa redobrar a atenção para evitar quedas. “Com o evoluir da gestação, a gestante deve substituir a corrida por algo com menos impacto, como a caminhada e a hidroginástica”, afirma a ginecologista e obstetra Cláudia Garcia Magalhães, professora da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp).A coordenadora do curso de fisioterapia da Unifesp, Tânia Scudeller, explica que a corrida é um exercício muito intenso, que exige bastante do sistema cardiovascular, o que pode ser um problema já que durante a gestação esse sistema também é sobrecarregado. “A somatória dessas duas demandas – corrida e gravidez – pode diminuir o fluxo de sangue para o feto e trazer prejuízo ao seu desenvolvimento”, alerta.A orientação da educadora física Denise Vancea, professora da Universidade de Pernambuco, é trocar a corrida pela caminhada. “Caminhar durante a gravidez com regularidade, todos os dias, pode evitar o ganho de peso desnecessário, o que consequentemente diminui o risco do desenvolvimento de diabetes gestacional ou hipertensão”, informa a especialista.Nem as atletas profissionais estão isentas dos cuidados. As corredoras gestantes precisam treinar com supervisão e ser acompanhadas com maior frequência pelo obstetra
Pode andar de montanha-russa durante a gestação?
As paradas e acelerações bruscas podem provocar um aborto

Comentários