Dicas para a compra de pneus

Dicas para a compra de pneus

Introdução

Os pneus têm sido o item de segurança mais importante há mais de 100 anos, afinal, eles são o único contato do carro com a estrada. Mesmo o mais forte motor, os mais fortes freios e o mais avançado sistema antiderrapante estão à mercê da aderência dos pneus à estrada. Cada movimento que o motorista faz, com o volante, com o freio ou com o acelerador, é transmitido à estrada através das quatro pequenas zonas de contato dos pneus.
Se eles estão desgastados, murchos ou não são adequados ao ambiente, o carro e a vida do motorista e dos passageiros estão em risco. A maioria dos motoristas não conhece o suficiente sobre pneus para fazer uma compra adequada. Para alguns, a escolha se resume ao preço e à disponibilidade. Outros compram pneus baseados na aparência ou na marca. Neste artigo, daremos as informações básicas para que você possa escolher o pneu certo. 

Os pneus

De forma simplificada, um pneu é um contêiner flexível de ar comprimido. Este contêiner de ar suporta a carga do veículo; propele o veículo para frente, para trás e de lado a lado; pára o veículo; e protege a carga das imperfeições do solo.
Os pneus de hoje contêm entre 19 e 25 componentes diferentes e são montados de dentro para fora, não de fora para dentro. O coração de cada pneu é sua banda interna, cuja função é dar forma e manter o ar em seu interior. Cintas de tecido são aplicadas em torno da banda interna. A bolha é fixada abaixo das cintas de tecido e seguram o pneu à roda.



Foto: cortesia Bridgestone Firestone
Corte de um Bridgestone Potenza. Aqui você pode ver os principais componentes: o revestimento interno, as cintas de aço e da estrutura, a banda de rodagem e a parte lateral externa.
Em cima da cinta da estrutura está a cinta de aço. Esta cinta tem duas funções: dar estabilidade ao pneu e tornar a banda de rodagem o mais plana possível, o que significa mais contato com a estrada. A banda de rodagem, que faz contato com a estrada, está na parte de cima da cinta. Existem bandas de rodagem diferentes para cada tipo de pneu. A parte lateral externa do pneu proporciona a ele rigidez e característica de rodagem. Uma parte lateral externa mais alta e mais macia irá absorver melhor os solavancos, enquanto uma parte lateral mais baixa e dura irá fornecer melhor aderência às curvas e uma resposta rápida ao movimento do volante.



Na parte lateral externa dos pneus de carros de passeio ou de utilitários leves existe um código alfa numérico que descreve as dimensões do pneu. Na maioria dos pneus, este código começará com "P" (acima, à esquerda). Alguns podem começar com "LT", que significa carro leve. Outros podem ter uma indicação de "Max. load" (acima, à direita). Quando você selecionar pneus novos, é importante ter certeza de que a classificação de carga é tão alta quanto a do pneu que você está trocando. 



Rodízio de pneus
 

O rodízio de pneus é essencial para prevenir o gasto irregular. Se os pneus não forem verificados e o rodízio não for feito, o ruído na estrada irá aumentar, haverá menor economia de combustível e a tração em pista molhada reduzirá. Pneus sem manutenção terão que ser trocados mais cedo. Nos carros com tração dianteira, em que todos os pneus são do mesmo tamanho, trocam-se os pneus da frente para trás em linha reta, e os traseiros para frente de forma cruzada. Em carros de tração traseira, trocam-se os pneus traseiros para frente em linha reta e os pneus dianteiros para trás de forma cruzada.
Nos carros com tração nas quatro rodas o padrão de rodízio sugerido é em "X". O pneu esquerdo traseiro é substituído pelo pneu direito dianteiro e o pneu direito traseiro substituído pelo pneu esquerdo dianteiro.
Carros esporte, de luxo e utilitários possuem pneus unidirecionais. Estes pneus têm bandas de rodagem padrão, projetadas para atuar somente na direção determinada na parede lateral. Eles devem ser trocados de frente para trás (supondo que os pneus sejam do mesmo tamanho). Isto assegura que a direção da rotação não mude.
Se você incluir o estepe no rodízio, o normal é colocá-lo no lado direito traseiro. O motorista deve consultar o manual do proprietário para realizar o procedimento correto do rodízio de pneus do seu carro.

Tamanhos e características

O maior erro que um consumidor pode cometer ao substituir pneus talvez seja não usar o tamanho correto. Na parede lateral do pneu original (e de todos os pneus), é possível encontrar um código que traz o tamanho e as características do pneu. Eis uma amostra de um código e sua descrição: P195/60R16 63H M+S
  • P - tipo de pneu
  • 195 - largura da banda de rodagem do pneu em milímetros
  • 60 - relação entre largura e altura da lateral comparada à altura
  • R - construção radial
  • 16 - diâmetro do aro em polegadas
  • 63 - taxa de carga do pneu
  • H - classificação de velocidade do pneu
  • M+S - pneu adequado a todas as estações
Se o código do pneu começar com LT ao invés de P, isso significa que o pneu é adequado para utilitário leve. Pneus de utilitários leves são projetados para ter capacidade de carga maior e geralmente são encontrados em caminhonetes e SUVs. Estes carros não necessitam ter pneus LT e, em muitos casos, a especificação do equipamento original exige pneus de carro de passeio.
A classificação da velocidade do pneu se traduz na sua habilidade de dissipar o calor ou prevenir o aquecimento. O calor é inimigo do pneu. Quanto mais calor, mais rápido ele se desgasta e mais rápido se decompõe. Um pneu com classificação de velocidade mais alta pode dissipar melhor o calor em viagens longas. Se o motorista utiliza pouco as auto-estradas, a classificação de velocidade pode não ser um fator importante na escolha da substituição dos pneus.
Os pneus são classificados em velocidades que variam de 160 km/h até 300 km/h. As classificações mais comuns são T (190 km/h) e H (210 km/h). Ambas excedem o limite de velocidade permitido em território nacional, portanto qualquer um dos pneus citados acima (T ou H) são boas escolhas para pneus de auto-estrada. Se o motorista dirigir somente na cidade, um pneu com classificação S (180 km/h) pode ser aceitável.
Um fator importante na escolha do estepe é a capacidade de carga. A taxa de carga no código do pneu indica a capacidade de carga daquele pneu específico. Quando você escolher um estepe, tome cuidado para não selecionar um pneu com baixa capacidade de carga.



Três bandas de rodagem diferentes para três necessidades diferentes. O Bridgestone Turanza é um pneu de passeio bem comum. Os sulcos largos em volta do pneu ajudam a tração em pista molhada.


O Bridgestone Potenza é um pneu de alta performance. A banda de rodagem larga e os sulcos rasos aumentam a zona de contato para melhor desempenho em pista seca.

Foto: cortesia Bridgestone Firestone
A abertura da banda de rodagem do pneu Bridgestone Blizzak permite melhor tração na neve e no gelo.
 
Sem levar em consideração a classificação de velocidade, capacidade de carga, tamanho e estrutura, a tração é a chave para a segurança. Um erro comum é escolher o pneu sem considerar a sua habilidade de aderir à estrada. Motoristas experientes irão considerar a tração em condições de pista seca, molhada e com neve. Se você deseja um pneu de alta performance, mas mora em uma região onde neva, utilize um pneu de "inverno". Se você mora em uma região onde o clima é quente o ano inteiro, um pneu de passeio pode se adequar às suas necessidades. A maioria dos motoristas comete o erro de comprar pneus novos na primavera. Quando o pneu se desgasta, a tração em pista seca geralmente aumenta e a tração em pista molhada ou com neve diminui. A melhor época para comprar pneus novos é o outono.
Pneus de carro de passeio e pneus de utilitário leve são diferentes. Proprietários de caminhonetes e SUV (utilitários esportivos) geralmente escolhem pneus de carro de passeio porque são mais baratos e oferecem melhor dirigibilidade. Entretanto, se um carro for usado constantemente para carga ou para puxar trailers, a melhor opção é utilizar um pneu de utilitário leve que tem capacidade de carga maior.
 
 
Calibragem do pneu

 
A calibragem correta é importante por muitas razões:
  • Ela irá gerar menos calor ou fricção com a estrada, aumentando a economia de combustível e diminuindo o desgaste do pneu.
  • Pneu com excesso ou falta de ar irá se desgastar desigualmente.
  • Pneu com calibragem baixa perde a dirigibilidade nas curvas porque a parede externa não está tão rígida.
O mais importante para os proprietários de caminhonetes esportivas ou utilitários leves é que a capacidade de carga do pneu diminui à medida que ocorre perda de pressão do ar. Se você colocar muita carga em sua caminhonete sem calibrar os pneus para suportar a carga extra, você terá problemas. Os pneus subinflados irão aquecer rapidamente com a sobrecarga e você terá problemas com eles, perdendo tempo na sua viagem com a troca de pneus ou com algo pior.
Sem levar em consideração a temperatura, os pneus perdem entre 1-2 psi (libras por polegada quadrada) por mês. Além disso, para cada 5ºC de queda de temperatura ambiente, o pneu perderá 1 libra de pressão. Se você calibrar um pneu a 35 psi a uma temperatura de 30ºC no verão e não verificá-lo por sete meses, no inverno, quando a temperatura estiver em 5ºC, este pneu terá perdido 12 psi. Esta queda de pressão nos pneus aumentará o consumo de combustível, afetará a tração em pista molhada e aumentará seu desgaste. 

Substituindo os pneus

Podemos confiar na loja de pneus?
De acordo com Bill VanderWater, da Bridgestone Firestone North American Tire, um vendedor de pneus deve fazer ao cliente as seguintes perguntas:
  • O que você gostou nos pneus originais do seu carro?
  • O que você não gostou?
  • O que você espera de um pneu?
  • O que é importante para você?
  • Como você usará o carro?
Baseado nestas informações, o vendedor pode recomendar um pneu disponível em seu estoque que irá atender às necessidades do cliente.
Ao comprar pneus novos, você terá uma série de opções. Tradicionalmente, a mais cara é retornar à concessionária em que você comprou o carro. Esta opção custará duas vezes mais do que se você procurar um revendedor de pneus. O revendedor local, seja ele parte de uma grande rede de lojas ou um pequeno revendedor, é provavelmente o melhor lugar para o consumidor médio comprar pneus novos. Os preços podem ser razoáveis e o gerente o ajudará a escolher o pneu certo para seu carro. Entretanto, os consumidores devem sempre pesquisar os melhores preços. Os preços dos pneus e dos serviços variam muito de loja para loja.
Uma nova opção são os atacadistas de pneus, que vendem com ótimos descontos. Além do preço baixo, eles podem ser facilmente contatados via telefone ou e-mail. Quando o consumidor compra destes atacadistas, os pneus são enviados para a sua casa. É necessário que o próprio consumidor encontre uma loja para calibrar e montar os pneus. Em alguns casos, estes atacadistas oferecem descontos na montagem e instalação dos pneus em uma loja local. Para as pessoas que procuram modelos exclusivos ou difíceis de encontrar, esta é a única opção.
Independente do lugar onde você comprará os pneus, há alguns pontos que merecem atenção:
  1. Saiba o tamanho e o tipo de pneu recomendado pelo manual do proprietário.
  2. Determine as suas necessidades e prioridades. Onde você vai dirigir? Você prefere um carro mais macio, mais firme ou uma mistura dos dois?
  3. Esteja certo de comprar um pneu capaz de suportar a carga que o seu carro irá carregar. Não compre um pneu de carro de passeio se você precisa de um pneu de utilitário leve.
  4. Não compre um pneu de uma categoria que você não precisa. Na maioria dos casos, um pneu para todas as estações será suficiente, mesmo quando o vendedor sugerir um pneu de passeio.
  5. Não esqueça que qualquer seleção de pneus é uma mistura entre qualidade de condução, eliminação de ruído, economia de combustível, desgaste, capacidade de carga e preço. O dever do revendedor e do consumidor é selecionar um pneu que, de preferência, englobe todos esses itens.
  6. Uma tendência de mercado é o "tamanho-extra". Isto significa montar rodas e pneus maiores para melhorar a aparência ou a dirigibilidade do carro.
O "tamanho-extra" geralmente aumenta a resposta nas curvas e na tração, mas são acompanhados de um aumento na dureza do carro. Além disso, estas rodas e pneus maiores não são tão duráveis quanto os originais de fábrica.
Veja alguns itens a serem considerados pelos consumidores que querem "tamanho-extra":
  1. esteja certo que o pneu e a roda estão aprovados para o uso no seu carro
  2. esteja certo que o estepe tem a mesma capacidade de carga
  3. a nova combinação de roda e pneu não deve ser maior ou menor que 3% do diâmetro original
  4. esteja certo que as novas informações sobre o pneu estejam no carro, para que os futuros proprietários saibam da calibragem correta


Tecnologia dos pneus

As maiores mudanças na tecnologia de pneus representam, na verdade, uma volta ao passado. Os primeiros pneus eram anéis sólidos de borracha enrolados em rodas de carroças. Esses pneus eram duros, mas imunes a furos e muito duráveis. Hoje, os fabricantes de pneus estão tentando fazer do pneu furado uma lembrança distante. Os pneus que rodam sem ar, produzidos hoje, são mais complexos na fabricação do que os de antigamente, mas funcionam com o mesmo princípio: são rígidos o suficiente para rodar sem ar, se necessário.

O diagrama acima mostra a diferença na montagem de um pneu convencional e de um pneu que roda sem ar (run-flat) com lateral externa rígida. Neste último, existe uma lateral externa extra que reforça a borracha e impede que a lateral externa dobre.
Existem dois tipos de pneus que rodam sem ar. O primeiro usa laterais externas muito rígidas, que podem suportar o peso do carro no caso da perda de pressão. Vários fabricantes de pneus oferecem este tipo de pneu e eles podem ser utilizados sem nenhuma pressão de ar por aproximadamente 80 km a uma velocidade de mais ou menos 90km/h. Entretanto, a maioria deles não pode ser consertado depois de perfurado.
As laterais externas não podem ser muito altas, portanto a maioria destes pneus é de perfil baixo. Por isso, são normalmente usados em carros esporte como o Dodge Viper, mas estão disponíveis também para carros de passeio e até mesmo para minivans.

Foto: cortesia Michelin
O sistema PAX da Michelin é um pacote com quatro componentes: pneu, roda, anel de suporte interno e monitor de enchimento do pneu
O segundo estilo é um novo design inventado pela Michelin chamado de sistema PAX. Nos Estados Unidos, este estilo é usado no Rolls Royce e na minivan Honda Odyssey 2005, mas estará disponível para outros modelos futuramente. O sistema PAX não é somente um pneu. É um pacote roda/pneu com quatro componentes: roda, pneu, anel de suporte e monitor de enchimento do pneu. Se esse sistema perder a pressão do ar, descerá somente até a metade. Neste ponto, o lado de baixo da lateral externa ficará sobre um anel de suporte interno que gira sobre a circunferência da roda. De acordo com a Michelin, o veículo pode ser dirigido por 200 km a uma velocidade de 90km/h.
O sistema PAX também incorpora uma bolha especial (conexão entre a roda e o pneu) que ajuda a travar o pneu sobre a roda mesmo que este perca a pressão do ar. Esse dispositivo não está presente nos pneus normais e nos run-flats tradicionais. Ao contrário da maioria dos pneus que rodam sem ar, o pneu do sistema PAX pode ser consertado se o furo estiver na banda de rodagem e for menor do que 1/4 de polegada em diâmetro, como no caso dos pneus normais.
Como as laterais dos pneus PAX não sustentam o peso do carro no caso da perda de pressão, elas podem ser mais altas que as dos pneus run-flat tradicionais. Elas também não precisam ser tão rígidas, o que significa melhor dirigibilidade. O sistema PAX é a melhor opção para as caminhonetes esportivas, como também para carros de passeio e mini-vans.
Existe uma pequena mudança na dirigibilidade para avisar ao motorista que o pneu perdeu pressão, isto porque o pneu "não fura". Portanto, pneus que rodam sem ar devem ser usados com um painel de sistema de monitoramento de pressão, o qual se ilumina no painel de instrumentos para informar o motorista sobre a queda de pressão.
No lugar destes pneus que rodam sem ar, os fabricantes estão buscando uma alternativa mais barata e que ocupa pouco espaço: o Kit de Mobilidade Temporário (TMK). Também conhecido como "conserta-furo", o TMK é uma lata de aerossol que contém ar comprimido e borracha líquida. A lata é conectada à válvula do pneu e o ar e a borracha são injetados. A borracha sela o furo e o ar enche o pneu.
Na teoria, o motorista pode dirigir até o posto de gasolina mais próximo e consertar o pneu, mas existem vários problemas com os TMKs. Primeiro: o furo precisa ser pequeno e o pneu deve estar em condições de rodar. Em muitos casos, os pneus quando furados são destruídos porque os motoristas continuam rodando. Isto torna os TMKs inapropriados. Segundo: se o TMK é utilizado, deixa o pneu bom, mas com um pequeno furo e esse pneu não pode mais ser consertado. Além disso, a borracha líquida do TMK pode danificar as rodas caras, o que gera mais despesa para o motorista.
Outra tendência na indústria são os pneus para utilitários leves com classificação de carga pesada e conforto de carro de passeio. Antes, os motoristas de utilitários leves tinham que escolher entre pneus de carro de passeio (os quais têm dirigibilidade macia mas não suportam carga pesada) ou pneus que fazem muito barulho e têm dirigibilidade pesada.
Os motoristas raramente pensam antes de comprar pneus. Isto é uma pena porque a escolha do pneu certo pode evitar acidentes. Escolher o pneu certo para o carro começa com a escolha de um bom revendedor. É necessário que ele ajude a selecionar o melhor pneu para as suas necessidades. Os revendedores devem destacar os prós e os contras de cada marca e ajudá-lo a escolher o pneu certo para o seu carro.

Pneus e economia de combustível
Escolher um pneu baseado somente na economia de combustível é tolice, de acordo com Bill VanderWater, da Bridgestone Firestone North America: “os consumidores podem notar uma diferença de 15 a 20% no consumo de combustível dependendo do pneu escolhido. Alguns estudos mostraram que muitos motoristas gostam de economizar combustível, mas não gostam de perder o desempenho ou a performance, especialmente em pista molhada".
Embora muitos motoristas considerem a economia de combustível um fator importante, isso não é prioridade para alguns. De acordo com VanderWalter: "se o motorista quer um pneu que lhe proporcione economia de combustível, a melhor escolha é geralmente o equipamento original de fábrica".
Os motoristas devem lembrar que a economia de combustível é relacionada também à calibragem correta. O monitoramento da pressão dos pneus e a calibragem correta como indicada pelo manual do proprietário são o melhor caminho para assegurar o máximo de economia.

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