VINHOS E COMIDAS DE NATAL E REVEILLON.
Chegamos no final do ano, gente! Frases feitas como “Nossa, como o ano passou voando” ou perguntas feitas como “Quais são os seus desejos para 2012?” São comuns e ouvimos cada vez mais. Haja falta de criatividade! Mas uma outra pergunta também costuma chegar com força nesta época do ano: “Que vinho eu sirvo no Natal?” E é em cima desta pergunta que quero falar um pouco, para que poder ajudar os aflitos e indecisos! Vamos lá: Vou falar de alguns pratos mais comuns e explicar quais os princípios de harmonização que precisamos levar em conta:
Aves como Peru, Chester, Pernil e Tender por si só são fáceis de se harmonizar e como suas características são parecidas (sem contar acompanhamentos e molhos) dá para colocarmos estes pratos num mesmo “pacote”. Mas o problema vem quando começamos a acrescentar molhos e acompanhamentos. E nestes casos, a intensidade deles e principalmente um componente com algo que remete ao doce, em maior ou menor escala, tem papel fundamental na escolha do vinho. O que precisamos buscar no vinho quando temos um prato com intensidade de sabor? Intensidade de sabor e aromas. E quando temos um “Q” de doce no prato, como molhos à base de frutas por exemplo, o que o vinho precisa ter? Ele precisa também de um toque de doçura. Mas não estamos falando em açúcar propriamente dito, mas numa sensação de doçura, coisa que o álcool e a madeira fazem no vinho. Mas cuidado com o excesso pois pode desequilibrar a combinação. Tintos do Novo Mundo como Shiraz Australiano (Tomando cuidado para não ser muito encorpado), Pinot Noir da Nova Zelandia ou Chile (Que ainda tem o importante componente da acidez quando os molhos levam laranja e limão por exemplo), Merlot Californiano e até mesmo um Malbec Argentino (Tomando cuidado para não ser muito encorpado) são boas opções. Brancos com bom corpo e um toque de madeira também vão bem!
Já o Lombo ele é uma carne um pouco mais densa e talvez fique muito para um Pinot Noir, mas conseguiria ir bem com Merlots, Cabernets e Syrahs por exemplo. Neste caso, o molho que costuma ser mais salgado sem tantos componentes doces, pede um vinho mais seco, tendendo para o velho mundo. Bordeaux, Rioja e Toscana (Chianti) pra mim são boas opções pois são saborosos, tem corpo para equilibrar com o lombo e intensidade para casar bem com o molho.
O Bacalhau às vezes ganha espaço em alguns jantares de natal. Ele é um prato cheio de nuances e perigos para o vinho. E por isto eles vão de brancos a tintos, pois as forma de se fazer um bacalhau são as mais variadas possíveis. Se puder dar uma dica, é prestar atenção na intensidade aromática e peso dos ingredientes. Lembrando que o bacalhau por si só já é untuoso, com certo corpo. E Ingredientes leves vão pedir um vinho branco, mas com certo peso/corpo. Ingredientes mais pesados, vinhos mais encorpados. Mas muito cuidado com os taninos! Em excesso eles podem matar a refeição por conta da gordura do bacalhau!
E por fim, o Panetone! Este é essencial em qualquer final de ano e hoje muita gente troca pelos Chocotones. Pois bem, vamos aos 2 tipos, que tem uma coisa em comum, mas em graduações diferentes: Doçura. Quanto mais doce (caso do chocolate), mais intensa deve ser a doçura do vinho. Então, no caso dos panetones, prefiram os Sauternes, Late Harvests ou vinhos brancos e doces. E no caso dos chocotones, aí a dica é certeira: Vinhos do Porto ou similares, como Madeira ou Marsala por exemplo.
CHEERS!!
Beba moderadamente! O excesso de álcool é prejudicial à saúde!
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